sábado, 28 de julho de 2018

A tartaruga e a lebre

A tartaruga e a lebre
– Vamos apostar quem chega primeiro lá onde fica aquela árvore? – perguntou a tartaruga à lebre.
A lebre riu dela:
– Você está louca? Vagarosa como você é! Está se lembrando que sou um dos animais mais rápidos que existem?
– Estou, sim. E continuo apostando.
A lebre sabia que era capaz de chegar até a árvore em quatro pulos.
– Está bem. Depois não diga que não avisei.
Combinaram um prêmio e a lebre deixou a tartaruga partir.
Pastou, escutou de que lado vinha o vento, dormiu – e enquanto isso a tartaruga ia indo, no seu passo solene. Tinha consciência de sua lentidão e, por isso, não parava de andar.
– Essa aposta é indigna dos meus dotes – pensava a lebre.
– Para a vitória ter algum valor, só saindo no último instante.
Afinal, quando a tartaruga estava quase chegando ao fim combinado, partiu como uma flecha.
Tarde demais. Quando chegou, a tartaruga já estava lá. Teve que lhe entregar o prêmio e, por cima, dar os parabéns.
Mais vale um trabalho persistente do que dotes naturais mal aproveitados.
GÄRTNER, Hans; ZWERGER, Lisbeth. 12 fábulas de Esopo. São Paulo: Ática, 1999.

texto informativo

Matam ou engordam?

Tem uma coisa que os adultos dizem que eu tenho certeza de que aborrece as crianças: “Vá lavar as mãos antes de comer! Ela está cheia de micróbios. Não coma esse troço que caiu no chão! Lave logo o machucado, senão os micróbios tomam conta!” Daí a criança vai logo pensando: “Coisa chata essa de micróbio!” E eles vão ficando com essa fama de monstrinhos, sempre prontos a atacar em caso de desleixo.
Mas sem micróbios e bactérias também não dá para viver, porque há um montão deles que são essenciais para manter vida em nosso planeta. Quando a gente vai lavar as mãos antes de comer fica até meio desapontado, pois não vê micróbio nenhum. E acha aquilo um exagero. É que os micróbios são microscópicos.
Os micróbios - não há como negar - são responsáveis por uma série de aborrecimentos: gripe, sarampo, tifo, malária, febre amarela, paralisia infantil e um bocado de coisas mais. Mas também há inúmeros micróbios benéficos, que decompõem o corpo morto das plantas e animais, transformando suas moléculas complexas em moléculas pequenas, aproveitáveis na nutrição das plantas.
O vilão de nossa história, portanto, não é totalmente malvado. Se ele desaparecesse, nós também acabaríamos junto com ele.
Adaptado: CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. Rio de Janeiro: SBPC, ano 6. n.30, p.20-23.

Folclore Caipora

Caipora

É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
Seus pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de pai ou Mãe-do-mato, Curupira e Caapora. Para os índios Guaranis, ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um porco do mato.
http://www.arteducação.pro.br

texto informativo Folhinha

O disfarce dos bichos
Você já tentou pegar um galhinho seco e ele virou bicho, abriu asas e voou? Se isso aconteceu é porque o graveto era um inseto conhecido como “bicho-pau”. Ele é tão parecido com o galhinho, que pode ser confundido com o graveto.
Existem lagartas que se parecem com raminhos de plantas. E há grilos que imitam folhas. Muitos animais ficam com a cor e a forma dos lugares em que estão. Eles fazem isso para se defender dos inimigos ou capturar outros bichos que servem de alimento. Esses truques são chamados de mimetismo, isto é, imitação.
O cientista inglês Henry Walter Bates foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou 11 anos na selva amazônica estudando os animais.

MAVIAEL MONTEIRO, José. Bichos que usam disfarces para defesa. FOLHINHA, 6 NOV. 1993.

Fábula O URSO E AS ABELHAS

O URSO E AS ABELHAS

Um urso topou com uma árvore caída que servia de depósito de mel para um enxame de abelhas.
Começou a farejar o tronco quando uma das abelhas do enxame voltou do campo de trevos. Adivinhando o que ele queria, deu uma picada daquelas no urso e depois desapareceu no buraco do tronco.
O urso ficou louco de raiva e se pôs a arranhar o tronco com as garras na esperança de destruir a colméia. A única coisa que conseguiu foi fazer o enxame inteiro sair atrás dele.
O urso fugiu a toda velocidade e só se salvou porque mergulhou de cabeça num lago.

Fábulas de Esopo. Compilação de Russel Ash e Bernard Higton; tradução de Heloisa Jahn, São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1994. p. 24. * Adaptado: Reforma Ortográfica.

Habilidades 4 ano, AAP


Diferenciar uma fábula em verso de uma fábula em prosa a partir de sua organização composicional
Identificar as características do gênero crônica, mobilizando conhecimentos sobre o gênero, tema ou assunto principal
Identificar as personagens de uma fábula por meio da compreensão global do texto
Identificar, a partir da leitura, as características do comportamento humano representados nas personagens da fábula
Inferir a moral de uma fábula estabelecendo sua relação com o tema
Inferir informação sobre o tema de um artigo expositivo de divulgação científica a partir da leitura global do texto
Localizar informação explicita em um texto de divulgação cientifica com base na sua compreensão global
Localizar informações explicitas em um artigo expositivo que contextualize o leitor em relação ao tema abordado
Reconhecer o efeito de humor de uma HQ por meio da leitura global
Reconhecer o sentido da  moral atribuída a uma fabula por meio da compreensão global do texto
Reconhecer o tema de uma crônica com base em sua compreensão global