domingo, 3 de julho de 2016

Confabulando (Ler e Escrever 4º Ano)

Trabalhar o #Confabulando nos moldes do Ler e Escrever, deu espaço para criar outros produtos e projetos, eu particularmente sou apaixonada por folclore, por lendas e mitos, mas tenho um encanto por fábulas, e no primeiro momento apenas cumprindo e ensinando conforme as orientações do livro, vi que meus alunos também se encantaram pelas fábulas, fizemos as leituras do livro Ler e Escrever...
De verdade a foto puxa para azul, mas este volume é o lilás, e, na página 25 tem a 1ª fábula deste livro, "O leão e o rato", para preencher as lacunas, mas a partir da página 50 começa o Projeto Didático Confabulando com fábulas (tem atividades que estão apenas no livro do Professor), no material do aluno começa com Entrevista para verificar as fábulas que são conhecidas pelos alunos e seus familiares ou pessoas próximas, para saber qual a fábula preferida do aluno... Já na página 54, texto 1 - "Assembleia dos ratos", na 55, Texto 2 "Os dois amigos e o urso", depois destas leituras os alunos já repararam na "MORAL DA HISTÓRIA", e eles mesmo começam a falar as características das fábulas, e começaram as curiosidades sobre Esopo e La Fontaine, no material de professor já ver a bibliografia, mas alguns alunos pesquisaram por eles mesmo sobre os autores. Na Página 56, texto 1 - "A raposa e a cegonha" de La Fontaine, tradução de Curvo Semedo e na página 57, Texto 2, "A cegonha e a raposa", Ruth Rocha, no projeto se propoe trabalhar com os alunos as diferenças e as semelhanças entre as versões das fábulas, personagens, características, situação-acontecimento, a moral, forma que foi contada...











 As fotos são só para ter uma noção das versões que os alunos leram no Ler e Escrever, lilás, pois eles também leram outras fábulas, do Ler e Escrever de Texto...

Leia a fábula “O leão e o rato” e complete as lacunas com as palavras indicadas.

O leão e o rato

Estava um rato prestes a ser devorado por um gato faminto quando um leão que
passava por perto, comovido com seu desespero, ____________ (espantar) o gato
pra longe. Refeito do susto, o ratinho agradeceu:
– Muito obrigado por salvar-me a vida, majestade. O senhor é o rei da floresta e
não precisaria se incomodar com um ser tão insignificante como eu. Mas um dia
eu hei de lhe retribuir este favor.
O leão, que não havia feito aquilo pensando em recompensa, _______________ (seguir) o seu caminho:
– Pobre ratinho, como poderia ele retribuir um favor ao rei dos animais?
No dia seguinte, o leão estava andando distraído quando _________________ (pisar) numa rede estendida para aprisioná-lo. Assim que pôs a pata na armadilha, a rede se ___________________ (fechar) sobre o seu corpo.
– Ai de mim. Ficarei aqui a noite inteira até que cheguem os caçadores e me matem sem dó nem piedade.
Eis que pela estrada vem passando o ratinho seu amigo. Ao ver o leão naquela
situação, prontificou-se no mesmo instante:
– É já que vou retribuir o favor que você me fez.
E pôs-se a roer as cordas até livrar o leão da rede dos caçadores.
Moral da história: quando a sorte muda, os fortes necessitam dos fracos.
Fonte: Fábulas de Esopo, Editora Escala Educacional, 2004. ©adaptação de Ivana de Arruda Leite.

A assembleia dos ratos
Era uma vez um gato grande e faminto que sempre assustava os ratos que moram em um buraco na parede.
Bastava algum ratinho sair para passear e VUPT, o gato vinha com suas garras
afiadas querendo seu jantar.
– Assim não dá, não temos paz! Não podemos nem ao menos respirar um ar diferente – queixou-se um dos ratos.
– Há dias não visito meus amigos! Não posso mais sair daqui – reclamou outro
ratinho, muito chateado.
– Oh, céus! – lamentou um outro ratinho desanimado.
Então, para não serem devorados pelo gato, os ratos resolveram fazer uma reunião para tentar encontrar uma solução para aquele problema.
Todos estavam falando ao mesmo tempo, até que um dos ratos começou:
– Senhores, senhores! Silêncio, por favor! Estamos aqui para chegar a uma solução sobre o gato – disse com uma voz forte.
– Espero que agora encontremos uma maneira de resolver isso, pois assim não
dá! – disse um rato com irritação.
De repente, todos começaram a falar juntos de novo!
– Oh, céus! – lamentou novamente o ratinho desanimado.
– Senhores, senhores! Silêncio, por favor! Um de cada vez! – disse novamente
o rato.
Cada um propôs uma solução diferente para o problema. Mas como estavam
sempre falando ao mesmo tempo, não conseguiam chegar a resultado nenhum.– Ei, pessoal, tive uma idéia. Escutem-me! - gritou um dos ratinhos.
– Oh, céus! – lamentou mais uma vez o ratinho desanimado.
– Senhores, senhores! Vamos escutar nosso companheiro! – suplicou outro rato.
– Se o nosso problema é o gato que aparece de repente, temos que fazer algo
para sabermos quando ele está próximo de nós! – disse o ratinho esperto.
– Disso nós sabemos! E o que mais? – disse o outro rato.
– Então precisamos pendurar um sino no pescoço do gato, assim, toda vez que
ele aparecer, nós vamos saber!
coletânea de atividades
Todos concordaram com o ratinho esperto. O único problema era encontrar alguém para pendurar o tal sino no pescoço do gato. Quem se arriscaria?
– Oh, céus! – lamentou pela última vez o ratinho desanimado.
Moral da história: Falar é fácil, difícil é fazer o que se fala.
Crédito: Ciranda Cultural. A Assembleia dos Ratos. In: Fábulas de La Fontaine. Coleção 5 Lindas Histórias. São Paulo: Ciranda Cultural, 2012, p. 25-32. 

Os dois amigos e o urso
Iam os dois homens pela estrada
quando um urso os atacou.
Enquanto um deles caiu,
o outro, em desabalada
fuga, numa árvore subiu.
O que ficou se fingiu
de morto. O urso o cheirou,
mexeu, virou, revirou,
finalmente desistiu.
Depois que o urso sumiu,
o outro, de volta, rindo,
ao amigo perguntou:
– Quando fuçou teu ouvido,
o que o urso falou?
– Que nas horas de perigo,
se conhece o falso amigo.
Crédito: Fábulas de La Fontaine; tradução de Ferreira Gullar – Rio de Janeiro: Revan, 1997, 5ª edição, 2002, p. 24.
IMPORTANTE: Este livro foi distribuído nas escolas, e se encontram em algumas bibliotecas, ajuda muito nos estudos das fábulas.

A raposa e a cegonha - Curvo Semedo (Trad.)
Quis a raposa matreira
Que excede a todas na ronha,
Lá por piques de outro tempo,
Pregar um ópio à cegonha.
Topando-a, lhe diz: “Comadre,
Tenho amanhã belas migas,
E eu nada como com gosto
Sem convidar as amigas.
De lá ir jantar comigo
Quero que tenha a bondade;
Vá em jejum porque pode
Tirar-lhe o almoço a vontade”.
Agradeceu-lhe a cegonha
Uma oferenda tão singela,
E contava que teria
Uma grande fartadela.
Ao sítio aprazado foi.
Era meio-dia em ponto.
E com efeito a raposa
Já tinha o banquete pronto.
Espalhadas em um lajedo
Pôs as migas do jantar
E à cegonha diz: “Comadre,
Aqui as tenho a esfriar.
Creio que são muito boas, –
Sansfaçon, – vamos a elas”.
Eis logo chupa metade
Nas primeiras lambidelas.
No longo bico a cegonha
Nada podia apanhar;
E a raposa em ar de mofa,
Mamou inteiro o jantar.
Ficando morta de fome,
Não disse nada a cegonha;
Mas logo jurou vingar-se
Daquela pouca vergonha.
E afetando ser-lhe grata,
Disse: “Comadre, eu a instigo
A dar-me o gosto amanhã
D’ir também jantar comigo”.
A raposa lambisqueira
Na cegonha se fiou,
E ao convite, às horas dadas,
No outro dia não faltou.
Uma botija com papas
Pronta a cegonha lhe tinha;
E diz-lhe: “Sem-cerimônia,
A elas, comadre minha”.
Já pelo estreito gargalo
Comendo, o bico metia;
E a esperta só lambiscava
O que à cegonha caía.
Ela, depois de estar farta,
Lhe disse: “Prezada amiga,
Demos mil graças ao céu
Por nos encher a barriga”.
A raposa conhecendo
A vingança da cegonha,
Safou-se de orelha baixa.
Com mais fome que vergonha.
Enganadores nocivos,
Aprendei esta lição.
Tramas com tramas se pagam.
Que é pena de Talião.
Se quase sempre os que iludem
Sem que os iludam não passam.
Nunca ninguém faça aos outros
O que não quer que lhe façam
Fonte: FONTAINE, La. A raposa e a cegonha. In: Fábulas de La Fontaine.
Texto integral. São Paulo: Editora Martin Claret, 2004, p. 16-19.

A cegonha e a raposa
Um dia a raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para jantar.
Mas preparou para a amiga uma porção de comidas moles, líquidas, que ela servia sobre uma pedra lisa.
Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforçasse, só conseguia
bicar a comida, machucando seu bico e não comendo nada.
A raposa insistia para que a cegonha comesse, mas ela não conseguia, e acabou
indo para casa com fome.
Então a cegonha, em outra ocasião, convidou a raposa para jantar com ela.
Preparou comidas cheirosas e colocou em vasos compridos e altos, onde seu
bico entrava com facilidade, mas o focinho da raposa não alcançava.
Foi a vez de a raposa voltar para casa desapontada e faminta.
ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: Salamandra, 2010. p. 36 e 37.
Esta atividade do projeto é muito interessante para conhecer, reconhecer o que é fábula.
Após RODA DE CONVERSA, fomos estruturando, marcando os pontos mais importantes do Gênero Fábula.

 Anotei na lousa, e os alunos copiaram nos cadernos sobre FÁBULA. (Imagem do Caderno do aluno Renato)


Continuando a CONFABULAR...
O corvo e a raposa
Um corvo surripiou um pedaço de carne e foi pousar numa árvore, mas uma raposa o avistou e quis tomar-lhe a carne. Parou, então, diante da árvore e se pôs a fazer elogios à sua beleza e ao seu porte vistoso, dizendo também que ele era perfeito para ser o rei dos pássaros, e que isso certamente aconteceria se ele tivesse voz. E o corvo, querendo mostrar-lhe que tinha voz também, soltou a carne e ficou grasnando bem alto. A raposa, então, agarrou correndo a carne e disse-lhe: “Ei, corvo, se você também tivesse inteligência, nada lhe faltaria para ser rei  de todos nós”.
Moral: para homem tolo a fábula é oportuna.
“O corvo e a raposa”. In: Esopo – Fábulas completas, Maria Celeste D. Dezotti, iliustrações de Eduardo Berliner. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

A causa da chuva - Millôr Fernandes
Não chovia há muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a uma conclusão.
– Chove só quando a água cai do telhado do meu galinheiro – esclareceu a galinha.
– Ora, que bobagem! – disse o sapo de dentro da lagoa. – Chove quando a água
da lagoa começa a borbulhar suas gotinhas.
– Como assim? – disse a lebre. – Está visto que só chove quando as folhas das
árvores começam a deixar cair as gotas d’água que têm dentro.
Nesse momento começou a chover.
– Viram? – gritou a galinha. – O telhado do meu galinheiro está pingando. Isso é
chuva!
– Ora, não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando? – disse o sapo.
– Mas, como assim? – tornou a lebre. – Parecem cegos! Não veem que a água cai
das folhas das árvores?
Moral: todas as opiniões estão erradas.
In: Novas fábulas fabulosas, de Millôr Fernandes, Editora Desiderata, Rio de Janeiro; Crédito: ©by Ivan Rubino Fernandes.

A tartaruga e a lebre
Certa vez a tartaruga desafiou a lebre para uma corrida. As outras tartarugas riram da cara da pobrezinha:
- Você está maluca? Apostar corrida com o bicho mais veloz da mata? Você vai
perder, e feio!
Mas a tartaruga não se deixou abater:
- Deixe estar, deixa estar.
No dia marcado, a lebre e a tartaruga se aqueceram e o macaco deu o tiro de largada. Sob aplausos das torcidas, começou a corrida do século. Em menos de um minuto, a lebre já estava tão longe que resolveu tirar uma soneca.
- A tartaruga vai demorar uma vida pra chegar aqui.
Só que aí aconteceu o que parecia impossível. A lebre dormiu tão profundamente que a tartaruga conseguiu ultrapassá-la e chegou em primeiro lugar.
Moral da história: nem sempre os mais velozes chegam em primeiro lugar.
Fonte: Fábulas de Esopo, Editora Escala Educacional, 2004. © adaptação de Ivana de Arruda Leite.

A tartaruga e o coelho - Dilea Frate
A tartaruga ganhou do coelho na corrida e ficou rica. Um dia, ela se encontrou
com o pardal e começou a rolar uma discussão sobre dinheiro: “Eu sou rica, carrego muito dinheiro no meu casco-cofre, e você?”. O pardal respondeu: “Eu sou pobre, não tenho casco nem cofre, mas sou leve e posso voar”. A tartaruga respondeu: “Se quiser, posso comprar uma asa igual à sua. O dinheiro consegue
tudo”. E foi o que ela fez. Chegou o dia do voo. Com as asas postiças, a tartaruga ajeitou o casco-cofre, subiu num precipício enorme e... (assovio)... começou a cair feito uma pedra. As asas não faziam efeito! Aí, ela teve
a ideia de jogar o casco-cofre pelos ares e, como num passe de mágica, as asas começaram a funcionar!... Que alívio! E que alegria poder voar como um passarinho! Quando chegou à terra, a tartaruga estava pobre, mas feliz. Na hora de voltar para casa, o coelho apareceu e emprestou o dinheiro do táxi.
Fonte:A tartaruga e o coelho. Frate, Dilea. In: Histórias para acordar. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996. p. 59.

A cadela que carregava carne
Uma cadela atravessava um rio levando um pedaço de carne, quando observou
na água sua própria imagem. Crente de que era outra cadela com um pedaço de
carne maior, largou o seu e avançou para tomar o da outra. Sucedeu, porém, que ela ficou sem os dois, sem o que ela não alcançou, porque não existia, e sem o seu, que foi rio abaixo.
Moral: Para homem ambicioso a fábula é oportuna.
Crédito: “A cadela que carregava carne”. In: Esopo – Fábulas completas, Maria Celeste D. Dezotti, ilustrações de Eduardo Berliner. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
PxS: Na sala do 4º ano B, 2016, esta foi considerada a fabula predileta dos alunos, mas na versão O cão e o Osso.

O rato silvestre e o rato caseiro
Um rato silvestre era amigo de um rato caseiro.
E o caseiro, ao ser convidado pelo amigo,
foi ao campo sem demora para um jantar.
E dizia, enquanto comia cevada e trigo:
“Sabe, amigo, você leva a vida de formigas.
Pelo visto, eu é que tenho recursos fartos,
e todos ao seu dispor, é só vir comigo”.
E no mesmo instante se foram os dois.
E o caseiro ofereceu ervilhas e trigo,
junto com tâmaras, queijo, mel e frutas.
Maravilhado, o outro muito o bendizia,
enquanto protestava contra a própria sorte.
Mas, quando quiseram começar a refeição,
Uma pessoa abriu a porta de supetão.
Com o rangido, os dois saltaram assustados
e foram para dentro das fendas os pobres ratos.
E quando de novo iam pegar figos secos,
outra pessoa veio lá pegar um troço.
Assim que de novo avistaram a pessoa,
num salto se ocultaram dentro de um buraco.
Então, o rato silvestre, apoucando a fome,
soltou um gemido e disse para o outro:
“Passe bem, amigo, e coma sua fartura,
degustando seus manjares com deleite,
e com perigos e também com sobressaltos.
Comendo cevada e trigo, eu, o coitado,
sem desassossegos vou viver e sem sustos!”.
Moral: A fábula mostra que levar vida frugal e viver sem cuidados vale mais que viver no luxo, entre medos e aflições.
Crédito: “O rato Silvestre e o rato caseiro”. In: Esopo – Fábulas completas, Maria Celeste D. Dezotti, ilustrações de Eduardo Berliner. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

Depois trabalhamos estes entrecho e os alunos foram fazendo as próprias reescritas das fábulas...

A cigarra e as formigas
Era inverno e as formigas estavam secando o trigo encharcado, quando uma
cigarra faminta lhes pediu alimento. As formigas lhe disseram: “Por que,
no verão, você também não recolheu alimento?”. E ela: “Mas eu não fiquei
à toa! Ao contrário, eu cantava canções melodiosas!”. Elas tornaram a rir:
“Mas se você flauteava no verão, dance no inverno!”.
Moral: “A fábula mostra que não devemos descuidar de nenhuma tarefa, para
não padecer aflições nem correr riscos”.
Crédito: “A cigarra e as formigas”. In: Esopo – Fábulas completas, Maria Celeste D. Dezotti, ilustrações de Eduardo Berliner. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

A cigarra e a formiga
A cigarra passou todo o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus
grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que
lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!
ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: Salamandra, 2010. p. 32.

Coletânea de Atividades – 4ª ano
Volume: Único
Público-alvo: alunos de 4ª ano. 6ª edição - material revisado e atualizado - 2015 Outros públicos recomendados: professores regentes de 4º ano, professor-coordenador/coordenador pedagógico, diretor, supervisor e formadores da Rede
Público Alvo: Aluno;
Tipo: Material Didático      Ano: 2015

http://lereescrever.fde.sp.gov.br/SysPublic/InternaMaterial.aspx?alkfjlklkjaslkA=302&manudjsns=0&tpMat=1

Continuamos trabalhando Fábulas com o livro que é para ser usado em todos os anos, que tem a capa laranjinha.
http://rede.novaescolaclube.org.br/pdf/textos-ler-escrever.pdf

Livro de Textos do Aluno
Volume: Único
Público-alvo: alunos de 1ª a 4ª série Outros públicos recomendados: professores regentes de 1ª a 4ª série, professor-coordenador/coordenador pedagógico, diretor, supervisor e formadores da Rede
Público Alvo: Aluno;
Tipo: Material Didático      Ano: 2010


Ler e escrever: livro de textos do aluno / Secretaria da Educação,
Fundação para o Desenvolvimento da Educação; seleção dos textos, Claudia Rosenberg Aratangy. 3. ed. São Paulo : FDE, 2010

Fábulas das páginas 137 até 142

O ratinho, o gato e o galo -  Monteiro Lobato

Certa manhã, um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Queria conhecer o mundo e travar relações com tanta coisa bonita de que falavam seus amigos. Admirou a luz do sol, o verdor das árvores, a correnteza dos ribeirões, a habitação dos homens. E acabou penetrando no quintal duma casa da roça.
— Sim senhor! é interessante isto!
Examinou tudo minuciosamente, farejou a tulha de milho e a estrebaria.
Em seguida, notou no terreiro um certo animal de belo pelo, que dormia sossegado ao sol. Aproximou-se dele e farejou-o, sem receio nenhum. Nisto, aparece um galo, que bate as asas e canta. O ratinho, por um triz, não morreu de susto.
Arrepiou-se todo e disparou como um raio para a toca. Lá contou à mamãe as aventuras do passeio.
— Observei muita coisa interessante — disse ele. — Mas nada me impressionou tanto como dois animais que vi no terreiro. Um de pelo macio e ar
bondoso seduziu-me logo. Devia ser um desses bons amigos da nossa gente,
e lamentei que estivesse a dormir, impedindo-me de cumprimentá-lo. O outro... Ai, que ainda me bate o coração! O outro era um bicho feroz, de penas
amarelas, bico pontudo, crista vermelha e aspecto ameaçador. Bateu as asas
barulhentamente, abriu o bico e soltou um có-ri-có-có tamanho que quase caí de costas. Fugi. Fugi com quantas pernas tinha, percebendo que devia ser o famoso gato, que tamanha destruição faz no nosso povo.
A mamãe rata assustou-se e disse: — Como te enganas, meu filho! O bicho de pelo macio e ar bondoso é
que é o terrível gato. O outro, barulhento e espaventado, de olhar feroz e crista
rubra, filhinho, é o galo, uma ave que nunca nos fez mal. As aparências enganam. Aproveita, pois, a lição e fica sabendo que:
Quem vê cara não vê coração.

O corvo e o jarro - Esopo
Um corvo, quase morto de sede, foi a um jarro, onde pensou encontrar
água. Quando meteu o bico pela borda do jarro, verificou que só havia um restinho no fundo. Era difícil alcançá-la com o bico, pois o jarro era muito alto.
Depois de várias tentativas, precisou desistir, desesperado. Surgiu, então, uma ideia em seu cérebro. Apanhou um seixo e jogou-o no fundo do jarro.
jogou mais um e muitos outros.
Com alegria verificou que a água vinha, aos poucos, se aproximando da
borda, jogou mais alguns seixos e conseguiu matar a sede, salvando a vida.
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura

A gansa dos ovos de ouro - Esopo
Um homem e sua mulher tinham a sorte de possuir uma gansa que todos os dias punha um ovo de ouro.
Mesmo com toda essa sorte, eles acharam que estavam enriquecendo muito devagar, que assim não dava...
Imaginando que a gansa devia ser de ouro por dentro, resolveram matá-la e pegar aquela fortuna toda de uma vez. Só que, quando abriram a barriga da gansa, viram que por dentro ela era igualzinha a todas as outras.
Foi assim que os dois não ficaram ricos de uma vez só, como tinham imaginado, nem puderam continuar recebendo o ovo de ouro que todos os dias aumentava um pouquinho sua fortuna.
Não tente forçar demais a sorte.


O cão e o Osso - Esopo
Um dia, um cão ia atravessando uma ponte, carregando um osso na boca.
Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e se perdeu para sempre.
Mais vale um pássaro na mão que dois voando
O Vento e o Sol - Esopo
O vento e o sol estavam disputando qual dos dois era o mais forte. De repente, viram um viajante que vinha caminhando.
— Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco será o mais forte. Você começa — propôs o sol, retirando-se para trás de uma nuvem.
O vento começou a soprar com toda força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo. Desconsolado, o vento se retirou.
O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo seu esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e despiu o paletó.
O amor constrói, a violência arruína.

O Leão e o Ratinho - Esopo
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra. 
 
A Rã e o Touro - Esopo
Um grande touro passeava pela margem de um riacho. A rã ficou com muita inveja de seu tamanho e de sua força. Então, começou a inchar, fazendo enorme esforço, para tentar ficar tão grande quanto o touro. Perguntou às companheiras do riacho se estava do tamanho do touro. Elas responderam que não. A rã tornou a inchar e inchar, mas, ainda assim, não alcançou o tamanho do touro. Pela terceira vez, a rã tentou inchar. Mas fez isso com tanta força que acabou explodindo.
A inveja é a origem de todas as desgraças. 
O Galo e a Raposa - Esopo
O galo e as galinhas viram que lá longe vinha uma raposa. Empoleiraram-se na árvore mais próxima, para escapar da inimiga.
Com sua esperteza, a raposa chegou perto da árvore e se dirigiu a eles:
— Ora, meus amigos, podem descer daí. Não sabem que foi decretada
a paz entre os animais? Desçam e vamos festejar esse dia tão feliz!
Mas o galo, que também não era tolo, respondeu:
— Que boas notícias! Mas estou vendo daqui de cima alguns cães que
estão chegando. Decerto eles também vão querer festejar.
A raposa mais que depressa foi saindo:
— Olha, é melhor que eu vá andando. Os cães podem não saber da novidade e querer me atacar.
É preciso ter cuidado com amizades repentinas. 
A Raposa e as Uvas - Esopo
Uma raposa passou embaixo de uma parreira carregada de lindas uvas.
Ficou com muita vontade de comer aquelas uvas.
Deu muitos saltos, tentou subir na parreira, mas não conseguiu. Depois
de muito tentar, foi-se embora dizendo: — Eu nem estou ligando para as uvas. Elas estão verdes mesmo...
Quem desdenha quer comprar. 

O Galo e a Pérola - Esopo
Um galo estava ciscando, procurando o que comer no terreiro, quando
encontrou uma pérola. Ele então pensou:
— Se fosse um joalheiro que te encontrasse, ia ficar feliz. Mas para mim
uma pérola de nada serve; seria muito melhor encontrar algo de comer.
Deixou a pérola onde estava e se foi, para procurar alguma coisa que lhe
servisse de alimento.
Às vezes, o que é precioso para um não tem valor para outro. 

A Formiga e a Pomba - Esopo
Uma formiga sedenta chegou à margem do rio, para beber água. Para
alcançar a água, precisou descer por uma folha de grama. Ao fazer isso, escorregou e caiu dentro da correnteza.
Pousada numa árvore próxima, uma pomba viu a formiga em perigo. Rapidamente, arrancou uma folha de árvore e jogou dentro do rio, perto da formiga, que pôde subir nela e flutuar até a margem.
Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que
se escondia atrás de uma árvore, com uma rede nas mãos. Vendo que a pomba corria perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe o calcanhar. A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais alto.
De lá, ela arrulhou para a formiga:
— Obrigada, querida amiga.
Uma boa ação se paga com outra.

O Leão e o Javali - Esopo
Num dia muito quente, um leão e um javali chegaram juntos a um poço. Estavam com muita sede e começaram a discutir para ver quem beberia primeiro.
Nenhum cedia a vez ao outro.
já iam atracar-se para brigar, quando o leão olhou para cima e viu vários urubus voando.
— Olhe lá! — disse o leão. — Aqueles urubus estão com fome e esperam para ver qual de nós dois será derrotado.
— Então, é melhor fazermos as pazes — respondeu o javali. — Prefiro ser seu amigo a ser comida de urubus.
Diante de um perigo maior, é melhor esquecer as pequenas rivalidades.
O Lobo e o Cão - La Fontaine
Um lobo e um cão se encontraram num caminho. Disse o lobo:
— Companheiro, você está com ótimo aspecto: gordo, o pelo lustroso...
Estou até com inveja!
— Ora, faça como eu — respondeu o cão. — Arranje um bom amo. Eu tenho comida na hora certa, sou bem tratado... Minha única obrigação é latir à noite, quando aparecem ladrões. Venha comigo e você terá o mesmo tratamento.O lobo achou ótima ideia e se puseram a caminho.
Mas, de repente, o lobo reparou numa coisa.
— O que é isso no seu pescoço, amigo? Parece um pouco esfolado... —
observou ele.
— Bem — disse o cão — isso é da coleira. Sabe? Durante o dia, meu
amo me prende com uma coleira, que é para eu não assustar as pessoas que
vêm visitá-lo.
O lobo se despediu do amigo ali mesmo:
— Vamos esquecer — disse ele. — Prefiro minha liberdade à sua fartura.
Antes faminto, mas livre, do que gordo, mas cativo. 
Depois de lerem e relerem em casa as fábulas, fizemos esta tabela, separando títulos, personagens e moral das fábulas que lemos do Ler e Escrever (laranjinha), Tabela organizada pelo aluno Renato.
Fizemos leituras individuais, leituras "silenciosas" sem fala, na mente, leituras coletivas das fábulas.
Roda de conversas sobre a Moral das fábulas, e sobre os ditados popular, das tradições passadas pela oralidade, sobre a cultura. Fizemos alguns reconto ("refabular", confabular) coletivo – professor como escriba
 Procuramos os personagens no dicionário, refletimos porque são personificados desta forma, porque por exemplo a raposa fica como esperta, etc.
 Cada reescrita foi ilustrada de uma forma diferente, com técnicas diferentes, de forma bem divertida. Reescrita do aluno Renato.
 Reescrita do aluno Renato.

Postarei mais atividades desenvolvidas pelos alunos.

Reflexão sobre o Gênero Fábula

GÊNERO TEXTUAL
A FÁBULA é uma narrativa curta que trata de certas atitudes humanas, como a disputa entre fortes e fracos, a esperteza e a lerdeza, a ganância e a bondade, a gratidão e a avareza, o bondoso e o ruim.
Alguns animais assumem características específicas conforme seu comportamento. São animais que falam, pensam e agem como seres humanos. Muitas vezes, no finalzinho das fábulas aparece uma frase destacada chamada de MORAL DA HISTÓRIA

CARACTERÍSTICAS DA FÁBULA

O tempo aparece de forma indeterminada (Certa vez...), o que garante, a esse gênero, sua atualidade, ou seja, é atemporal, tanto que servem de lição para qualquer época. 
Narrador em 3ª pessoa (o narrador conta como se tivesse visto a cena). 
É comum aparecer diálogo entre os animais.
("GÊNERO TEXTUAL FÁBULA A FÁBULA é uma narrativa curta que trata de certas atitudes humanas, como a disputa entre fortes e fracos, a esperteza e a lerdeza," http://slideplayer.com.br/slide/8124935/)
 

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